segunda-feira, abril 30, 2007

China de ontem, de hoje, de sempre

Já lá vai um par de anos em que visitei a China, tendo sido provavelmente dos primeiros ocidentais a ter essa possibilidade, no pós Revolução Chinesa. A China despertara para o mundo, depois de mais de cinquenta anos de se lhe ter fechado. A curiosidade era grande de parte a parte. Depois dos impulsos revolucionários da Grande Marcha, do Salto em Frente, da Revolução Cultural e da morte dos seus principais timoneiros, Mao Tse Tung e Chu En Lai, a China resolveu fazer a Revolução Tecnológica e, para tal, havia que franquear as suas portas. Teve que ir ver como se fazia para passar a fazer também. Abrandou costumes revolucionários, mas não abrandou propósitos. Importou técnicas e alguns técnicos, mas não importou as ferramentas e equipamentos. Abriu-se ao mundo tecnológico, mas não à fragilidade da sua dependência. E pulou. E cresceu. Não sei se bem, mas ao seu jeito. À sua imagem. Sem violentar os seus princípios nem as suas regras. Largou a farda, mas não a simplicidade do gesto e da origem. Continua a crescer, fazendo a inveja do Ocidente. Com perseverança, com afinco, com trabalho duro. Com resultados. Apesar de tudo, não queria viver lá. Porque são diferentes no pensar, no fazer, no sentir. Já comiam com pauzinhos ainda nós comíamos com as mãos. Mas continuam a comer com pauzinhos. Porque fazem sexo como quem come arroz branco. É bom para a saúde!

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sábado, abril 28, 2007

Outras Bolinas

Faróis e Outros Alumiamentos

Uma das vantagens da idade é permitir que nos repitamos sem que daí advenha nada mais do que um sorriso de compreensão dos nossos interlocutores, o que é bom! É sinal de que os temos!
Pois bem, correndo o risco de me repetir, não dispenso a oportunidade de relembrar alguns dos momentos mais significativos da minha “singradura” naval. É claro que a designação de significativos me está directamente endereçada, pois a avaliação é minha.
Sem dúvida que a passagem pelos faróis, me revelou aspectos que desconhecia de todo, apesar de já não ser propriamente um novato nestas coisas da Marinha.
O sentido de utilidade pública senti-o ali pela primeira vez. A minha função não sendo de todo técnica naquela área, permitiu-me acompanhar o planeamento e execução de projectos para novos alumiamentos ou somente para modernização dos existentes, adaptando-os às novas tecnologias, que na época começavam a desenhar-se.
O pessoal existente, na altura, estava mais vocacionado para as tecnologias tradicionais do petróleo, do gás e da electricidade. Havia que, à semelhança do que hoje é intenção propagandeada do Governo, fazer a revolução tecnológica das instalações e das mentes.
Apostava-se, então, nos automatismos a instalar nos faróis, que permitiriam mantê-los a funcionar, assistidos à distância. Dispensava-se assim a obrigatoriedade de ter em permanência pessoal em situações inóspitas, como era o caso do Farol do Bugio ou do Farol das Berlengas.
As funções de arranque e paragem de geradores para alimentação das instalações e carga de baterias de reserva, a substituição de lâmpadas queimadas ou com capacidade reduzida de iluminação, a manutenção das características de iluminação, tudo isso passou a fazer-se automaticamente, com controlo a distância, a partir duma central. O próprio sistema de alimentação das instalações foi alterado, com a introdução dos painéis fotovoltaicos para carga de baterias, sobretudo em balizagem – bóias e farolins - de menores consumos energéticos e em que a ligação à rede eléctrica não se mostrou possível.
A fábrica de acetileno do Farol do Cabo da Roca, encerrou a sua actividade. Os faroleiros foram desviados das suas habituais funções para outras de simples guarda ou vigilância das instalações.
Em sua substituição, foi criada uma nova geração de faroleiros técnicos, em que a electrónica e mais tarde a informática substituíram, as antigas competências técnicas e culturais. Os seus conhecimentos de culinária, de pesca, de arte de marinheiro, de enfermagem, de pedreiro, de electricista, de pintor, de mecânico, de faroleiro tradicional, perderam-se.
A figura romântica do faroleiro, ou melhor, da filha do faroleiro, esfumou-se na bruma ou nevoeiro, não lhe servindo a luz que continua a indicar aos navios a existência de escolhos ou a ajudá-los a encontrar a rota segura na demanda de portos, fundeadouros ou de simples passagem.
A tradição portuguesa em farolagem é muito antiga e levou o nome de Portugal bem longe. Em Macau, O Farol da Guia, foi o primeiro a iluminar as Costas da China.
A Costa Portuguesa é, porventura, uma das mais bem iluminadas do Mundo.
Como seria bom que essa luz iluminasse as nossas gentes e os nossos políticos e não nos deixasse encalhar.

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sexta-feira, abril 27, 2007

Lagarto pintado

Zé Pintas tem cinco ou seis anos, mas é alto e forte para a idade. Um moçoilo que mais parece ter nove ou dez anos. Tem o rosto sarapintado e o cabelo áspero e avermelhado. Gosta de ajudar nas lides do campo. Não que precise. Os pais têm vida folgada, dando de partes algumas das suas fazendas a uns quantos rendeiros. Ficaram apenas com duas que exploram directamente. Um lameiro bem distante quase uma légua do povoado e outra mesmo chegada. O povo, situado no alto duma fraga como se fora um castelo, domina a planura que se estende até à fronteira, verdadeira atalaia. As casas coladas umas às outras como ameias, serviram em tempos de refúgio e defesa contra invasores e assaltantes castelhanos. Zé Pintas, tanto implorou ao pai que o deixasse levar os quatro cântaros com a água até ao lameiro que, este, entre orgulhoso e apreensivo, acedeu. Era preciso incentivar esta iniciativa do rapaz. Lá colocaram as vasilhas no Russano, burro com a mesma idade do Zé Pintas, e ambos se fizeram ao caminho. A água dos cântaros servia para as ovelhas beberem e no regresso os cântaros vinham cheios com o leite que o pastor recolhia das paridas. Zé Pintas trazia o burrito pela corda, estrada fora, muito compenetrado da sua tarefa. Foram decorrendo os dias por essa Primavera fora em que se cumpria a rotina sem qualquer embaraço. A mãe, babada, passou a dar-lhe dois tostões por cada jornada de ida e volta. Já o Verão tinha entrado quando, numa manhã ensolarada, o nosso Zé Pintas vê saltar à sua frente um lagarto, como ele pintado, que lhe cruzou a marcha várias vezes entre os muretes de pedra solta que compunham as bermas da estrada de carreta. O Russano ergueu as orelhas, não tanto pelo lagarto, mas mais pelos gritos de aflição do Zé que, assustado, não sabia mais que fazer à sua vida. O lagarto, melhor o dragão, deveria estar a preparar-se para lhe tolher o passo e impedir que cumprisse a sua missão de levar a água às ovelhas que já o esperavam. O burrito impacientou-se com tanto alarido e quase levava o Zé de reboque, obrigando-o a largar a corda, seguindo a trilha conhecida, quedando-se o Zé em pranto. O lagarto pareceu também surpreendido e ficou parado à sua frente, cabeça no ar. O Zé Pintas, ajoelhou-se e estendeu as duas mãos para o bicho com os dois tostões que a mãe lhe dera e com as lágrimas a empaparem-lhe a voz, implorou: - lagartinho deixa-me passar que eu dou-te dois tostões.

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quarta-feira, abril 25, 2007

Contrafaccão

Aí está um novo facto político.
Celebrar ou não o 25 de Abril na Assembleia da República - questão mais importante do discurso do Presidente da República, hoje, durante as celebrações da efeméride, naquela casa.
Realmente, num País em que houve necessidade de fazer uma revolução para derrubar uma ditadura de mais de 40 anos, resgatar a figura do ditador através dum sufrágio televisivo, qualificando-o como o português mais ilustre da História Lusa, retira qualquer credibilidade à continuação das celebrações daquela data.
A culpa não é do PR. A culpa é de quem fez cair em descrédito a política. A culpa é de se não comemorar a Revolução dos Cravos todos os dias, através de políticas concertadas, que estimulem os valores democráticos e de solidariedade social, mas antes se apontem e glorifiquem soluções de iniciativa individual, liberal e até se mitifiquem figuras sinistras.
Políticas que não dão atenção, protecção e estímulo aos jovens e não têm respeito pelos velhos, arrastam o país para a estagnação, sem futuro e sem passado.
Substituir a ditadura do “Ilustre Botas” pela ditadura dos números, não obrigado!
Eu prefiro a dita…mole!

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Abril brotando em flor nos canos das espingardas
cantando hinos de amor
de fraternidade gritados
sonhos de outros viveres
de outros dizeres
de outros olhares
em voos de gaivota
altos e livres
a esperança acenando
o gesto afirmando
em risos de homens-criança
de papoilas adornados

Abril em Maio festejado
Abril em Maio adiado

ZEF

terça-feira, abril 24, 2007

Alvorada

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O Sinal - Paulo de Carvalho - E Depois do Adeus

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segunda-feira, abril 23, 2007

CRAVOS DE PLÁSTICO

A memória é terrível. Atraiçoa-nos a cada passo. Parece ainda que foi ontem o 25 de Abril e já lá vão 33 anos. Eu não tinha esses e já não farei outros tantos. O que se passou entretanto? Tanta coisa e tão pouca! Tantas esperanças e tantos sonhos por cumprir.
Os militares cumpriram. E a sociedade civil? Continuou a fazer o que já fazia. A atirar culpas para cima da conjuntura, para o que vem de trás, para isto, para aquilo, para aqueloutro. E o país real? Quem quer saber dele? Que importa que não haja trabalho para todos? Que importa que grande parte dos trabalhadores não esteja inscrito na Segurança Social, que sejam explorados até à medula os trabalhadores estrangeiros?
Que se deixem actuar impunemente engajadores e gangs que os enganam e exploram tal como os patrões desonestos.
Como é possível no Portugal saído de Abril, a solidariedade ter passado a ser figura de estilo ou música de opereta? E os sindicatos onde estão e o que fazem? Como se deixaram empalar?
Devagar, devagarinho, Abril já se foi ou dele resta muito pouco! Festejar o 25 de Abril, porquê? Para quê? O que há para festejar? As músicas que me encheram o coração e a alma, até essas já se foram!
A música agora é outra! Ou é a mesma! Ou é assim ou é assim!
A escolha é fácil! Valha-nos isso!
Há dias, num noticiário em que se dava conta da actividade das brigadas de fiscalização económica, foi-me dada ouvir uma notícia que quase me fez vir as lágrimas aos olhos. De alegria! De tristeza!
Uma empresa nórdica instalada em Portugal há relativamente pouco tempo, está a construir, algures no Norte, uma segunda loja, em que estão envolvidos centenas ou mesmo mais de um milhar de trabalhadores, distribuídos pelos vários empreiteiros e sub empreiteiros.
Foi montada uma grande operação, com a ajuda de forças policiais que cercaram a zona, tendo as brigadas de fiscalização caído no recinto e passado a pente fino todos os trabalhadores, verificando a validade dos seus documentos laborais, sendo constatada a total harmonia dos mesmos com as leis e normas em vigor.
Oh! Meu Deus! Foi necessária uma empresa nórdica para que tal acontecesse!
É uma pena que a nossa democracia só sirva para pangaiadas, atropelar direitos e cometer ilegalidades!
É a entidade patronal, é o dono da obra, são os sindicatos que têm que tomar isso nas suas mãos e fazer que o 25 de Abril aconteça. Que nos tornemos um país responsável e com credibilidade no concerto dos agentes económicos, para que possamos respeitar-nos a nós próprios e sermos pelos outros igualmente respeitados.
Sá assim a democracia acontecerá e o 25 de Abril merecerá ser devidamente celebrado.

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sábado, abril 21, 2007

A Arte de Bem Matar

Imagem retirada daqui
Na sequência e a propósito dos últimos incidentes com armas de fogo nos EU, que fizeram um número enormíssimo de mortos civis e fazem um número interminável de mortos diários no Iraque, no Afeganistão e por todo esse mundo de loucos em que vivemos, parece importante perceber as razões porque é fácil matar.
Nem sequer é preciso ser corajoso! Basta algum treino básico na maioria dos casos. Os sistemas de armas de guerra mais sofisticados requerem obviamente procedimentos mais complicados e restritos.
A evolução das armas tem determinado a forma como os conflitos se vão resolvendo e as guerras se vão fazendo, aumentando as distâncias entre os contendores.
Desse modo, deixou de ser uma luta directa entre opositores com golpes que foram variando das dentadas aos varapaus, destes às pedras lascadas e lanças com lâminas do mesmo material, passando depois na época dos metais pelas facas, cutelos, espadas, pelas lanças com pontas metálicas aguçadas e tantas outras.
Todas estas armas, porém, impunham a presença e o seu manejo directo pelos guerreiros, relevando a destreza física e a perícia.
A partir daqui, entrou-se na fase de matar ou ferir à distância, com zagaias lançadas por arcos ou bestas.
Ainda assim, estas armas impunham avistamento dos alvos, a distâncias muito curtas. Com a descoberta da pólvora e o uso do fuzil as distâncias aumentaram e a guerra tornou-se de algum modo impessoal. Já não era preciso ver os olhos do inimigo. Bastava a sua silhueta.
Mas não foi suficiente para o homem. Precisava de não saber quem matava, para não sentir pesos na consciência e hesitações no carregar o gatilho, que lhe poderiam ser fatais.
A artilharia primeiro, com canhões pesados, de recarga difícil e morosa. Depois os automatismos, aumentando cadências de tiro e melhorias nos aparelhos de pontaria.
Mais tarde, com aviões e navios foi possível levar a guerra a terras distantes, matando de muito longe e sem contar mortos.
Os explosivos foram evoluindo aumentando as distâncias de tiro e o seu efeito destruidor, que culminou no final da Segunda Grande Guerra com o rebentamento das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki.
A partir daqui, ficaram-se as ameaças e as intimidações.
As armas atómicas, entretanto, sofreram alterações profundas quanto à sua forma de lançamento e acompanhamento durante o trajecto, quer ainda no seu poder destruidor, atingindo-se números assustadores, tendo como padrão as primeiras lançadas, já referidas.
Os mísseis vieram dar uma mobilidade e eficácia ao tiro a distância, nunca antes conseguida. O seu acompanhamento durante o voo permitindo dirigi-lo, a aquisição dos alvos pelo míssil e auto-seguimento, as suas ogivas múltiplas permitindo durante o lançamento ser endereçadas para alvos diferenciados e distantes uns dos outros, a sua autodestruição em caso de necessidade, tudo isso fez destes instrumentos de morte o cerne da guerra moderna.
Outros instrumentos de morte altamente sofisticados estão ao dispor das Forças Armadas dos Estados Unidos, havendo conhecimento só de alguns pelos resultados do seu emprego recente no Afeganistão e Iraque, como seja o caso das bombas inteligentes que têm capacidade para buscar alvos ocultos. São uma espécie de bilhetes-postais enviados, a pagar no destinatário.
O alvo passou a estar ao alcance da coragem de carregar uma tecla de computador, dum qualquer botão ou chave de ignição dum sistema de disparo e guiamento duma arma auto propulsionada, lançada a partir de plataformas terrestres, marítimas, submarinas ou aéreas. Não se sabe mesmo, se também espaciais!
Também pode estar ao alcance dum qualquer desequilibrado, criminoso ou desesperado. Ou seja, matar tornou-se um jogo de Nitendo ou Playstation 3.
Eu não matei, tu não mataste…nós morremos!

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sexta-feira, abril 20, 2007

Pé de Vento

Imagem retirada daqui
Nunca mais temos juízo.
Queremos ganhar na praça pública o que não conseguimos nas urnas.
Não sou propriamente um admirador nem sequer apoiante do cavalheiro. Antes pelo contrário. Mas andar atrás do passado das pessoas para as deitar abaixo, porque politicamente não somos capazes de as derrotar, tenham paciência!
É uma vergonha para a democracia a juntar, de resto, a outras.
Escândalo político, em “american style”, não faz o nosso género. Um Watergatezinho à Portuguesa?!
Os media não têm ponta de vergonha, nem escrúpulos! Viram nisto uma oportunidade de vender e não se importam de vender papel ou imagem sujas!
Não há dúvida que conseguiram êxito mais acentuado do que as oposições parlamentares, que não sabem ou não querem combater com factos políticos, na medida em que grande parte das medidas implementadas lhes agradam. Mas querem o poder para as continuar, sem terem que fazer um acto de contrição em relação a elas.
É preferível a sujeira do que o combate político.
É isto que faz as pessoas afastarem-se da Política e isolarem-se de todo o convívio e participação sociais, ou então apelarem a valores reaccionários e nazis, que limpem todo o lixo, em que se vem a remexer.
É um jogo muito perigoso, que a poucos aproveitará.
Um outro aspecto que ressalta de todo este Carnaval, é o facto de grande parte dos políticos terem telhados de vidro, que lhes não permite exporem-se muito.
Qualquer saraivada lhes arranca o capachinho.
Qualquer nortada rija lhes põe à vista as cuecas sujas.
E o tempo vai de granizo e nortada em popa!

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quinta-feira, abril 19, 2007

Portunhol, o Esperanto Ibérico

Imagem retirada daqui
Assim o quer um Espanhol, que trocou a Fiesta pela Festa à Portuguesa, sem toros de muerte, mas com mucho dinero.
Se firmou em Portugal e espera que apesar de no hablar de todo portugues, su negocio se va desarrollando bem.
A dificuldade de entendimento fez com que, à semelhança do que acontece no Circo com as parelhas de palhaços, arranjasse um linguajar capaz de defendê-lo dos meandros rebuscados e áfonos da língua residencial.
Assim descobriu, o que os artistas circenses já referidos haviam descoberto para além da linguagem mímica, o Portunhol, agora com honras de nome de firma de prestação de serviços e com site condigno e homónimo na Internet.
Já terá recebido, segundo o que me foi dado ler num pasquim de propaganda comercial, ofertas, rejeitadas, para comprar a marca registada – Portunhol – porque tem ambições maiores para ela. Quer fazer dela e do seu linguajar, os instrumentos cirúrgicos para acabar de vez com as barreiras linguísticas, redimindo-se de não conseguir aprender a nossa língua, tornando-os Língua Oficial da Península Ibérica, substituindo o Castelhano e o Português.
Por supuesto que creo que se sairá bien, a não ser que o palhaço rico, o tal da cara pintada de branco, lhe mova um processo por plágio e ofensas pessoais, em Tribunal das Comunidades(para que não demore tanto como o Processo da Casa Pia).

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quarta-feira, abril 18, 2007

Minorias em Desespero

Terá sido um acto de loucura, injustificado aos olhos ocidentais e provavelmente orientais também. Ninguém o aceita, certamente, mesmo que lhe tivesse assistido razão para a revolta. O xenofobismo nos Estados Unidos está muito virado para os orientais, desde Pearl Harbour e mais tarde o Vietname. Os árabes neste momento são apenas inimigos, o que julgo ser, apesar de tudo, um estatuto mais definido, levando as pessoas a cuidar-se. Já o estatuto de indesejável sem razões aparentes nem bem definidas, faz com que ninguém saiba o que esperar no seu relacionamento com os outros, situação dramática que pode ter consequências trágicas em mentes mais perturbáveis. O problema agrava-se naquele país com a facilidade de acesso a armas de guerra e de defesa, por parte de toda a gente, incluindo miudagem irresponsável. É vulgar os pais proporcionarem treino de tiro a crianças e adolescentes. Quem semeia raios colhe tempestades. Por cá, alguns energúmenos quiseram criar situações de rotura em relação aos estrangeiros, que no nosso país procuraram condições de vida melhores do que as que tinham nos seus países e contribuem com o esforço do seu trabalho para a criação de riqueza, que a todos nós aproveita. Não podemos esquecer que também compatriotas nossos buscaram em terras distantes, nomeadamente o Brasil, o espaço que Portugal lhes não oferecia. Outros ainda por lá continuam, assim como pelas Américas, África e Europa. Como é possível alguém esquecer-se disso? As raízes da gente, estão onde a gente as deixa. A sepultura é bom, também, que seja onde a gente a cava.

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Portucalando - 2

Janita Salomé - Maçãs de Zagora

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segunda-feira, abril 16, 2007

À Bolina Folgada

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O Espólio do Poeta

sobre a secretária dias imensos
nas gavetas sonhos esquecidos
no papel riscos cruzados
no ar risos escarninhos
no caixão um verso simples
hoje não encontrei a rima
ZEF

domingo, abril 15, 2007

Ponto ao crepúsculo vespertino

Ontem fui convidado para um convívio “post venatório” de tiro aos pratos, numa herdade próxima da Azaruja – Os Alpendres.
Esta propriedade é pertença da Fundação Eugénio de Almeida e dela é rendeiro há mais de quarenta anos, um antigo colega de Liceu, com quem tenho convivido ultimamente, uma vez que reside também aqui na Igrejinha, onde agora me acantono.
Através dele estabeleci contacto com outros colegas, que já não via há quase cinquenta anos.
É obra! Descobrir debaixo dos cabelos brancos e das carecas e bigodes, “teenagers” imberbes, convenhamos que não é fácil, mas acaba por ser um jogo divertido.
A propriedade fica situada num prado muito bonito com pastagens e searas em redor do monte, de traça tradicional, em U, residência à direita de quem entra, alpendres servindo de garagem a tractores e alfaias em frente,celeiros e casa da malta à esquerda.
Por trás uma mancha de eucaliptos, assinalando a posição do monte de qualquer local da propriedade e servindo de acarro para os animais.
Lá longe a Serra d’Ossa, recortada no horizonte.
A reunião foi simpática, pois era bastante variada em termos sociais, desde gente muito rica a outra que nem tanto, com traço comum na simplicidade do gesto e unida por dois vícios terríveis – a caça e os comes à boa maneira alentejana.
O ensopado de borrego estava bastante bom. O coelho assado de azeite e vinagre e as costoletas de borrego fritas, um espectáculo.
O vinho correu fácil e bom, soltando línguas e colorindo as faces. Também ajudou uns a aprimorarem a pontaria e a outros a perdê-la.
No monte agora não vive ninguém em permanência. Os empregados são poucos e de trabalho sazonal. A tempo inteiro, somente o pastor, que vive numa casa situada no ponto mais elevado da propriedade, alargando a vista até às herdades vizinhas, com pontos de água, resplandecendo ao sol da tarde. Do lado oposto uma faixa de montado, sombreando a paisagem, emprestando-lhe contraste.
Apesar disso, a mulher nega-se a viver ali, habitando casa na aldeia.
A pouco e pouco, vou redescobrindo o sabor simples da terra, esquecido entre o salgado do mar e o amargo do cimento armado.
Redescobrir os amigos, ainda é porventura o melhor desta minha aventura serôdia.
Uma espécie de viagem pela memória.

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sábado, abril 14, 2007

O equilíbrio perdido

Há cinco dias que adoptámos uma rola turca ferida numa das asas, provavelmente por um chumbo de pressão de ar.
Temo-la tratado como podemos e já vai fazendo pela vida, comendo as sementes de girassol e sésamo e “adubando” em abundância, o que revela que se encontra em recuperação do estado geral. Quanto à asa, não sei se alguma vez irá recuperar, o que lhe vai inviabilizar o voo, forma sua forma habitual de locomoção. O que é triste!
Além de não ser permitida a sua caça no período venatório apropriado, acresce o facto de estarmos fora dele, com a agravante de ter sido ferida com uma arma não permitida para o acto venatório.
Além das infracções, sempre lastimáveis, há porém um aspecto importante a salientar: muito provavelmente terá sido ferida por uma criança ou adolescente, o que não abona muito os familiares que permitem ou até incentivam tais práticas.
Julguei que os tempos em que me eduquei e era corrente este tipo de comportamentos e atitudes, já haviam sido ultrapassados, havendo uma maior consciência em relação ao ambiente e à conservação das espécies.
As coisas não mudaram assim tanto, embora aqui e acolá se notem algumas alterações. Parece não ser um discurso próprio dum caçador, que sou, mas julgo existir entre os caçadores, um sentir mais apurado para esse tipo de situações e também uma preocupação maior.
O contacto com a Natureza só tem significado se nele encontrarmos o que já não é possível nos centros urbanos e até na nossa vida duma forma geral – equilíbrio. Equilíbrio entre actividade humana e o meio envolvente - ar limpo, água cristalina, vegetação e fauna selvagem autóctone.
Mais do que matar caça, é esse encontro que os caçadores e os pescadores esperam.
Há ainda uma coisa que também julgo comum entre eles: matar sim, ferir não!
Causa sofrimento e a ninguém aproveita.

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sexta-feira, abril 13, 2007

Entre Barreiras

Reputo de muito importante a citação diária deste blogue de hoje,da autoria de Piotr Kropotkine, pelo significado que tem no contexto actual.
Reza assim: - As liberdades não se concedem, conquistam-se!
Nunca foi tão pertinente, em termos políticos, desde o 25 de Abril de 1974!
Julgo que começam a estar em risco as liberdades e garantias, então conquistadas, a pretexto disto ou daquilo.
O partido do governo tinha obrigação de ser dos defensores mais tenazes desses direitos, mas parece-me que tem andado um pouco arredio. Há que lhe lembrar isso e julgo que esta é altura, na data e em que se comemora mais um aniversário daquele evento.
Os homens têm a memória curta, esquecem rapidamente factos e situações que deveriam estar sempre presentes em cada gesto, em cada atitude, em cada decisão ou simples reflexão.
Esquecer o holocausto é tão mau como esquecer a torpeza de quem atrás dele se escuda, para justificar as suas acções.
Também esquecer o direito de livre expressão do pensamento, porque não é politicamente oportuno ou não convém a quem quer que seja, é tão mau como usá-lo para denegrir pessoas e instituições.
É esta a festa brava à portuguesa a que vimos assistindo, pecando por falta de forcados para ir à cara e ficando-se pelas pegas de cernelha.
O cite tem que ser largo e claro e o ferro espetado de cima abaixo, ao estribo. Nunca a cilhas passadas.
Um comprido, três curtos e um partido e está concluída esta lide.
Outras haverá, se necessárias.

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quinta-feira, abril 12, 2007

Good Bye My Love, Good Bye...

Que grande azar, chiça! Nem o Benfica ganhou!
Agora é que o Governo vai conhecer a oposição!
Sem bola, sem emprego, sem esperança, agora é que vão ser elas!
Depois esta rapaziada dos jornais e das rádios também não colabora! Podiam ao menos deixar escapatória dizendo que não, mas que também, que talvez! Mas não, lá foram dizendo que haviam recebido umas dicas para evitar publicar coisas sobre as calúnias que por aí se iam avolumando pela blogosfera, nos Media.
Afinal, sempre houve umas mentirazitas durante a entrevista, não é verdade?
Todas as mentiras tivessem sido essas e o País estaria, eventualmente, melhor. Ou não!? Não sei! Já não sei nada!
O Governo está como o Benfica. Primeiro, estava em todas e prometia muito! Agora praticamente já não está em nenhuma e continua a querer fazer parecer que está tudo bem. Já não pode prometer porque esgotou a credibilidade e fica-se por garantir um lugar no “campeonato nacional”, que lhe franqueie as portas da “grande competição europeia”.
E não digo mais, senão o senhor Procurador ainda me manda prender por terrorismo verbal blogosférico.
Se fosse sócio do Benfica hoje rasgaria o cartão! E também rasgaria...o do outro!

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Por entre "Coriscos" bem amanhados

A propósito do livro “Amores da cadela pura”, mais precisamente da sua autora, a Marquesinha da Fajã, lembro uma noite de loucuras açoreanas, em que na companhia dum grupo numeroso de raparigas e rapazes, conheci a casa da Marquesinha, em estado de abandono, quadro eléctrico desligado, com panos cobrindo sofás e mobílias e pendões tapando quadros enormes ao longo de corredores, nos salões, salas de estar e de comer.
Havia quadros a óleo com carantonhas de Papas e outros clérigos paramentados, que, à luz das velas que cada um de nós trazia nas mãos, mais pareciam almas penadas saídas dum filme de Frankenstein.
O cicerone era um familiar da escritora e com ele percorremos as muitas divisões assombradas daquele casarão senhorial, palco de histórias igualmente de assombrar.
O caseiro, que ainda habitava um dos anexos, tinha acabado há poucos dias de esmagar as uvas de casta americana, para fazer o afamado vinho de cheiro.
Directamente da dorna, provámos o mosto, ainda bem quentinho e doce. Não passou muito tempo que não tivéssemos que apagar as velas e procurar um cantinho a modos, espalhados pelo jardim envolvente da casa, sem tempo para grandes esperas.
A fermentação em curso pregou-nos uma partida inesperada.
A Marquesinha não gostou da invasão da sua intimidade.
Bastantes anos mais tarde, o cicerone, contando a história pormenorizada e documentada de cada quadro e de cada aposento, era outro, o Contra-Almirante Comandante Naval dos Açores, que herdou para residência oficial, por compra da Marinha, esta magnífica mansão.
Assim se faz a história das terras e das gentes.
Assim se contam algumas dessas histórias, com cheirinho a maresia.

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quarta-feira, abril 11, 2007

Palavra "au gratin" e "au sauté"

As conversas sociais e de cerimónia nunca foram o meu forte.
Gosto muito de conversar com pessoas amigas, trocando pontos de vista e experiências, arejando ideias, contando estórias, de alguma forma desfrutando o prazer da companhia.
Conversar é falar e saber escutar.
Nada de mais aberrante e anti-social do que falar por falar, sem ouvir, dizendo coisas de conveniência, para preencher espaços vazios de conteúdo e calor humano. Conversar é conviver, é partilha mesmo em antagonismo. É aceitar, replicando. É rejeitar, retrucando.
Muitos anos se passaram. Um camarada mais antigo que comandava um navio pequeno em comissão, tinha com o pessoal que comandava um relacionamento distante e frio no trato.
O seu imediato convidou-me para ir almoçar a bordo, convite de pronto aceite.
Na pequena câmara de oficiais tomei o lugar de honra ao lado direito do comandante e cedo percebi que só eu praticamente falava, sendo as respostas recebidas quase monossilábicas, numa economia de palavras que começou a incomodar-me.
Achei estranho as minhas conversas serem praticamente só com o comandante, quando havia sido convidado pelo imediato.
Os assuntos pareciam às vezes não terem relação com o que se acabara de dizer.
Senti-me um pouco forçado a falar de coisas que pouco ou nenhum interesse me despertavam e acabei por emudecer.
Entendi no final do almoço, que o convite me fora formulado para quebrar o gelo existente à mesa, em que as conversas eram de plástico, impostas de alguma forma pelo comandante, que exigia que se falasse durante as refeições, mesmo que as conversas não interessassem a ninguém.
Nunca me tinha acontecido semelhante situação. Num navio tão pequeno, em que tudo era partilhado, quer se quisesse quer não, ter que falar por obrigação, era penitência demasiada para os pecados cometidos.
Nem o pecado da gula suportaria tamanha imposição.
Já sozinho com o meu amigo e companheiro de infortúnio, que me havia convidado, só não lhe chamei boa pessoa!

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segunda-feira, abril 09, 2007

Tropeço em mim em cada estória que leio e ouço
Sem mim nada haveria
Como se no mundo por mim centrado
Fosse amado e desamado
De festa a vida enchesse
Renascesse ao terceiro dia

Revejo-me nas velas de cada barca
No vento que um grito leva
No mar que o embala e requebra
Na bruma que o ecoa
E a tempestade apaga
Sou da estória timoneiro

Sou apenas…isso tudo

ZEF

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domingo, abril 08, 2007

Enganos Fatais

Entre as heranças do meu antecessor, contava-se uma macaca-cão que, coitada, estava em vias de prestar contas ao criador, sofrendo de doença, que se pensava incurável: alcoolismo crónico compulsivo.
Não me lembro do seu nome, mas chamar-lhe-ei “Fuza”.
Por brincadeiras de mau gosto, havia-lhe sido incutido esse vício, que ela afogava em cerveja de exportação, ao nível de qualquer “fuzo” que se prezasse. Só que o seu volume corporal impunha trabalho excessivo ao fígado, não sendo, este, capaz de metabolizar tamanha quantidade de álcool.
A primeira medida preconizada foi o seu desmame, que foi feito de forma progressiva por substituição da cerveja por refrigerante.
O seu organismo ansiava por álcool e mais do que uma vez roubou uma cerveja da mão de um qualquer descuidado que inadvertidamente dela se aproximou com uma “botella”.
Foi-lhe arranjado um tutor, que se responsabilizou por levar a tarefa a preceito.
Assim, ao fim de algum tempo, as suas crises de fígado abrandaram e começou a ter uma existência, quase normal.
O seu tratador levava-a a passear na “lambreta” que comprara a cair de podre, recuperara e que sempre o acompanhou ao longo de toda a comissão. A Fuza ia presa ao guiador, porque era agressiva para os africanos, muito provavelmente por ensino que recebera.
Um dia, soltou-se da lambreta e foi um pandemónio na praia, obrigando toda a gente a procurar refúgio dentro de água, comprazendo-se em não deixar que ninguém dela saísse.
Percebi mais tarde, que fora treinada como sentinela do perímetro do aquartelamento, correndo-o ao longo dum arame esticado. Perto do posto do homem de serviço, situava-se a sua casota. Sempre que alguém estranho se aproximava, ela de imediato se dava conta, alertando-o com a sua agitação e gritaria.
Um certo dia, um soldado da Companhia do Exército que também se acantonava nas imediações, foi visitar um "filho da terra", levando ao ombro um “sagui”, que não devia pesar mais de 50 gramas.
Ao passar junto à casota da Fuza, esta, num verdadeiro “golpe de mão à fuzileiro” logo lho arrebatou do ombro e com ele se enfiou na sua casota, afagando-o e apertando-o contra o peito, num acesso de ternura e protecção maternais.
Não deixou que ninguém dela se aproximasse, nem mesmo o seu tratador e tutor, que sempre respeitara e a quem ficara a dever a sua recuperação.
Não mais comeu.
Ao fim de oito dias, em perfeito estado de exaustão, quedaram-se os dois lado a lado.
O pequeno macaco, uma massa informe e ressequida.
Ela não mais recuperou, pagando o preço mais elevado pelo seu instinto nunca cumprido.

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Portucalando

MARIA ANA BOBONE - NOME DE MAR

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sábado, abril 07, 2007

Calendário em Festa

As festas de calendário nunca me agradaram muito e raramente correm de molde a justificar os preparativos e expectativas que envolvem.
No entanto, o facto de juntarem as pessoas que nos são próximas, só por si, já é bom. Foi assim esta da Páscoa, reunindo familiares e amigos que, com o calor da sua presença, aqueceram esta Primavera arredia.
O borrego proporcionou, à volta da mesa, conversa animada e o relembrar de estórias e factos, que a memória guarda especialmente para estas ocasiões, colorindo-os com a paleta da idade e com a imaginação que o tinto exacerba.
Houve chocalhada de Aleluia para os mais novos em correria pelas ruas da aldeia, numa tradição recuperada de amêndoas e rebuçados espargidos, em quantidades mais do que desejáveis, replicando anualmente a Ressurreição de Jesus Cristo.
A Primavera é ela também ressurreição da esperança, em cada ano renovada, de uma vida à medida dos nossos anseios e súplicas, de um Abril em flor nos canos das armas e no sorriso das crianças, num abraço fraterno de cumplicidade solidária.

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sexta-feira, abril 06, 2007

A Paixão

O encontro de Deus feito Homem com os da sua espécie não poderia ter acabado de forma mais trágica.
A sua crucificação é entendida pelos Cristãos como o supremo sacrifício, revelador da sua paixão pela Humanidade.
A dor que lhe cobriu o rosto deixou marca na toalha com que a pecadora o limpou, única imagem para que se lhe vislumbrem as linhas que serviram até hoje para lhe dar memória visual.
É uma religião de glória no sofrimento, que apela à penitência como forma de sublimação do pecado e de aproximação a Deus na dor, por nós imolado.
É a perpetuação da dor, o único elo de ligação que nos deixou até si.
Respeito a dor dos que por ti sofrem, mas não me junto ao teu rebanho.
Sou cordeiro tresmalhado que procura fuga ao açougueiro.
Sou acorde dissonante nos cânticos divinos, em busca duma harmonia de luz e gesto que dê sentido e alegria ao milagre, sim, da Vida.
Quero uma religião de Aleluias e de Saudação à Vida e não à Morte.
Quero a religião do terceiro dia!

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quarta-feira, abril 04, 2007

Julgo que dá para entender porque prefiro bolinar no Alentejo, não dá?

terça-feira, abril 03, 2007

E vai uma... e vão duas...

Primeiro foi a Moderna, agora a Independente!
Uma vez que não há duas sem três, qual será a próxima?
É assim que formamos os nossos filhos, os futuros gestores, os cidadãos de amanhã! Com aldrabices, com sujeiras, com exemplos magníficos da forma como devem continuar a ser conduzidos os destinos deste país.
A pagar, claro! Para garantir um canudo bem redondinho, não se sabe para meter onde, mas enfim!
Até Angola já não reconhece os cursos ali ministrados, ou seja, a ser verdade o que por aí corre, devem os angolanos tratar o 1ºMinistro de Portugal, como o Sr. Sócrates e não como o Sr. Engº Sócrates.
A importância de ser ou não ser engenheiro é relativa. Como o ser ou não ser bom 1ºMinistro, também o é! Para aqueles que o elegeram, julgo que tem deixado muito a desejar. Para os outros, acho que tem estado bem! Tanto assim, que nem oposição de direita tem havido! Para quê? Nenhum faria melhor! Quando a equipa está a ganhar, não é necessário mudar de treinador nem de estratégia de jogo!
Mas agora pela mão do Sr.Dr.ou Sr.Engº, ou Sr.Engº Dr. Paulo Portas, vai haver mudança!
É mesmo capaz de vir a ser uma espécie de...queima das fitas, de... benção das pastas, ou de...festival de tunas académicas - dum lado a da Independente e do outro a da Moderna.
Com as Universidades privadas é que a gente aprende!
É aprendendo, que a gente ganha! E é ganhando, que a gente se entende!

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