terça-feira, junho 02, 2009

De asas cortadas

Eu sei que o avião é o meio de transporte mais seguro.
Eu sei que o avião encurta as distâncias e faz o mundo pequeno.
Eu sei que andar de avião é extremamente cómodo.
Eu andei de avião sempre que foi necessário, sobretudo em serviço. Também na guerra andei bastante de avião. No da Marinha, um monomotor da Sud Aviation (Rallye?). Nos DO27. Nos Helis. DC4 e DC6. Sei lá!
Mas não gosto de andar de avião! Julgo que não seja por medo! É uma indisposição permanente desde que entro até que saio do dito.
Porquê? Não sei! Talvez porque não pode parar no ar a não ser o de asa móvel! Mesmo assim é um parar relativo!
Mas o mal estar é maior nos aviões comerciais. Porque não é possível controlar nada do que se passa a bordo. Só sabemos mesmo aquilo que o comandante nos quer fazer chegar através do sistema de comunicação interno do aparelho. Depois aquela macacada das hospedeiras a explicar as acções em caso de emergência, que no meu entender tem um interesse muito relativo e nos faz pensar naquilo que é dispensável.
Não se vê nada, não se sente nada. Não é natural que assim seja. Pelo menos para mim. Preciso de saber.
Nem sequer consigo dormir. Também não gosto de me pedrar seja lá porque razão for. Não sou capaz de me concentrar para ler um livro ou um simples jornal.
Voar, só em sonhos me dá prazer!

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