domingo, maio 24, 2009

“Adelante Rocinante”

O discurso político aí está! Com insultos pessoais, com verborreia própria duma escola de Espinho!
Sobre a Europa, quase nada! Mais parece um torneio de abertura para preparação dos grandes embates das Autárquicas e Legislativas, essas sim, as competições da Taça e da Liga.
Joga-se agora mais pelos extremos, incluindo a linguagem, abrindo espaço para uma táctica mais centro campista nos embates determinantes.
Aproveita-se para se mostrar ligações internas ou externas e o poder das claques. Os sorrisos escarninhos, as falas exaltadas, os olhares felinos com que se trocam invectivas, não abonam praticantes nem treinadores.
Seria esperável que uma democracia de mais de trinta e cinco anos tivesse mais para oferecer que discursos repetitivos, agarrados a palavras de ordem já gastas pelo correr dos anos, afastados dos seus objectivos formativos e informativos, capazes de ajudar a um voto mais objectivo e consciente dos eleitores.
O partido do governo parece apostado em seguir as pegadas do seu congénere espanhol, detentor da bota de ouro da crise que vivemos. Até se obriga a “hablar" a língua de Cervantes.
A sua principal oponente não dispõe de imagem televisiva nem facilidade discursiva capazes de estabelecer qualquer diferença para melhor.
Restam os eternos subalternos em busca duma réstia de esperança nestes jogos de voto útil.

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