quinta-feira, abril 30, 2009

H1N1 - Estirpe com castanholas

Da gripe espanhola ou pneumónica à actual gripe suína ou mexicana, passou praticamente um século. Ambas começaram falando castelhano. Que língua falará esta no final?
Obviamente que a designação de organismos transgénicos não assenta, na perfeição, aos vírus que nos atormentam agora a existência, uma vez que não são fruto, ao que se julga saber, de alterações genéticas produzidas pela engenharia do mesmo nome.
Uma coisa é certa. Eles têm vindo a sofrer mutações genéticas, criando estirpes diferenciadas que passaram a transmitir-se por hospedeiros igualmente distintos desde as aves, passando pelos porcos até aos humanos.
O forçar da Natureza parece estar a irritá-la e a fazê-la reagir como um ser animado que se vinga dos maus tratos a que é sujeito.
Ao massificarmos a produção animal para dar resposta aos hábitos alimentares duma sociedade de consumo despudorado, estamos a criar formas rápidas de transmissão de doenças entre os animais aglomerados nas explorações intensivas, ao mesmo tempo que abrimos portas de transmissão dessas doenças a nós próprios por essa via.
De há pouco tempo a esta parte assistimos à peste suína africana, à BSE das vacas, à gripe das aves e agora à gripe dos porcos.
A profilaxia das doenças leva à aplicação de fármacos na alimentação animal que tem vindo a tornar os agentes patogénicos mais resistentes e mais difíceis de controlar.
Na agricultura industrializada a introdução de modificações genéticas nalguns produtos alimentares, está a abrir portas a alterações ambientais de efeitos ainda não conhecidos na totalidade, já que o tempo que decorreu desde a sua génese ainda não é suficiente para avaliações seguras, sobretudo de efeitos a longo prazo nas populações alvo.
Admite-se que algumas infestantes entretanto combatidas pelas alterações introduzidas nas plantas cultivadas possam vir a tornar-se resistentes e mais difíceis de controlar. Que pragas fúngicas e de insectos desta forma repelidas, possam sofrer adaptações de sobrevivência, que tornem o seu controlo mais complicado.
Resumindo: os efeitos benéficos de curto prazo justificam os eventuais riscos futuros? E o que acontece aos animais, humanos neles incluídos, que se alimentam destes OGM’s?
Será que estas alterações virais não terão que ver com tudo isto que nos rodeia e com este forçar permanente da Mãe-Natureza, tornando-a Madrasta?
Esperemos que as pandemias se não tornem num infernal pandemónio!

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1 Comments:

Blogger Fernando Campos said...

Isto não é ainda um comentário, já que só agora acedi a este blog mas sim um pedido para o "blogueiro" contactar o ESCOLA fmcaratao.algarvio@gmail.com pois foi esta a única maneira de te "apanhar".
Abraço

4/5/09 18:45  

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