sexta-feira, abril 24, 2009

25 de Abril

Em Abril de 1978, escrevia eu assim no Boletim Informativo da Polícia Marítima e Fiscal de Macau, na evocação do 25 de Abril:

Permito-me destacar o segundo parágrafo deste texto, pelo que significou para muitos de nós que o vivemos por dentro, com intensidade e amor, e dele esperávamos muito mais do que um esboço de democracia, com contornos tão mal definidos quanto os desta cópia digitalizada do original do "Manobra":

...A felicidade, que de ti emanava, contagiavca tudo e todos.
O mundo era mais bonito e a esperança brilhava nos olhos
das pessoas e nas canções que todos cantavam. ...

Não resisto a transcrever outro parágrafo, pelo que tem de actual:

...Tu, que destribuiste cravos e rosas, serás julgado e condenado,
porque não conseguiste o milagre de as transformares em pães!...
E concluo esta evocação da efeméride com um sentido de perda, mas também com a certeza de que um dia o 25 de Abril se cumprirá, pela vontade das gentes.
Nesta Primavera do nosso descontentamento, um cravo desbotado pelos maus tratos, mas em fundo verde de esperança.

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1 Comments:

Blogger Luís Alves de Fraga said...

«um dia o 25 de Abril se cumprirá, pela vontade das gentes» diz no seu blog.
Estou consigo nessa certeza.
Um abraço

26/4/09 00:14  

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