quinta-feira, março 26, 2009

Agora, chuto eu!

Este é um país da treta.
Dantes era Deus, Pátria e Família, a que não eram alheios os engodos futebolísticos , os fadunchos e as touradas. Hoje é Sem Deus, Muitas Pátrias e Sem Família. Mantêm-se notoriamente as touradas, as fadistices e o futebol que atingiu o ponto mais elevado das preocupações nacionais.
Faz uma semana que um penalty providencial veio desequilibrar a monotonia da final duma competição sem história e sem interesse, conferindo-lhe uma importância que está longe de ter, quer do ponto de vista desportivo quer financeiro.
Serviu apenas esta Taça da Liga para algumas equipas, como foi o caso das duas finalistas, tentarem salvar uma época desastrada, em que não conseguiram, mais uma vez, atingir prestações e sobretudo resultados de acordo com os investimentos.
Por outro lado este penalty fabricado, bem pode ter sido encomendado, tanto pelo governo como por qualquer das equipas ou ainda pela própria Liga de Clubes.
No caso de o não ter sido, temos que apreciar a astúcia dum árbitro que resolveu dar ao País razões bastantes para que a crise financeira se tornasse assunto desinteressante, a pesada derrota do Sporting frente ao Bayern passasse à História, o Benfica tivesse conseguido muito provavelmente o único troféu desta época castelhana e a Liga justificasse uma Taça que não serve senão para aumentar as despesas dos clubes, lesões nos jogadores e sobrecarga injustificável do calendário futebolístico, sobretudo dos clubes envolvidos nas competições europeias.
Por tudo isto, há que louvar a efeméride e as descargas figadais de dirigentes, treinadores e responsáveis desta “trampalhada” do futebol lusitano.
Venha agora a Selecção e a Suécia!

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