terça-feira, janeiro 27, 2009

A crise dos bancos ou talvez não!

Nem em todos os bancos parece estar a crise instalada, pelo menos por agora. Será o caso do recém-criado e ainda por inaugurar, banco de leite humano.
À semelhança de outros já existentes como o banco de olhos e o de esperma, vai arrancar, no princípio de Fevereiro na Maternidade Alfredo da Costa, o designado Banco de Leite Humano, que pretende dar resposta às carências cada vez mais sentidas por uma parte substancial das mães actuais de conseguirem amamentar os seus filhos.
Muitas razões são apontadas para o facto, desde a idade tardia de ter filhos, o stress da vida moderna como o trabalho ou a falta dele, os transportes nos grandes centros urbanos, os noticiários televisivos, acrescento eu, e ainda uma infinidade de outras razões invocadas, para que as futuras mamãs não possam ou não queiram alimentar os filhos com o seu próprio leite.
Vai daí, em vez das antes designadas amas de leite ou amas de peito, criou-se agora uma espécie de selfservice de leitinho desnatado e pasteurizado, a servir em doses terapêuticas aos nascituros prematuros e não só, como se de leite Nestlé ou Ovomaltine se tratasse.
Tudo isto dependente da $boa vontade$ de dadoras que ali deverão ser convenientemente ordenhadas, e que para isso deverão ser da confiança, esperemos que só sanitária, da Instituição.
Desejamos que este novo equipamento, verdadeiramente Social, permita que algumas das futuras mamãs possam continuar a dispor da harmonia aprazível dos seus seios para seu próprio gáudio ou de terceiros e os seus filhos dum leite classificado, capaz de lhes garantir um sistema imunitário e um desenvolvimento físico adequados.
Fazemos daqui votos sinceros para que este banco não entre em crise, como parece estar a acontecer com a restante banca, em geral.

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Camarada,
Fico satisfeito que tenha reflectido sobre esta inovação que vem permitir a substituição das saudáveis e alentadas amas de leite, mas, se em Portugal esse uso desapareceu quanto às crianças nascidas em famílias abastadas, a verdade é que ele se manteve, de algum modo, em relação aos adultos bem colocados na vida.
De facto, os bem nascidos deste enorme útero que se chama Portugal têm por hábito já velho mamar na teta do orçamento a qual, por seu turno, se enche à custa de todas as "doações" que forçadamente fazemos quando chega a hora de liquidar impostos.
A sua subtil analogia entendia-a eu desta forma rude e frontal. Estarei a pensar bem ou serão meras e abusivas interpretações da minha parte?
Um abraço
Luís Alves de Fraga

28/1/09 10:45  
Blogger platero said...

ora aí está,
camarada anterior antecipou-se e tirou-me a mama da boca. Contudo, ainda arrisco:

mama o fisco pelo imposto
mama a Câmara. Pela sisa
mama o leite e o colostro
mama tudo o que precisa

mama o comércio a retalho
mama o novo hipermercado
É assim. Com pouco trabalho
ou se mama - ou se é mamado.

e o tal abraço, tá?

28/1/09 19:10  
Blogger JR said...

Eu diria que a mamar é que a gente se entende

29/1/09 12:43  

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