quinta-feira, outubro 09, 2008

O Verão dos Marmelos


Ele aí está com bastante calor até o Sol se pôr, para depois arrefecer até dar vontade de acender a lareira.
É altura de os apanhar e fazer a popular marmelada ou, em alternativa, cozê-los aos pedaços com metade do peso em açúcar e duas estrelas de flor de anis ou raspas de baunilha.
É agradável e ajuda-nos, sobretudo, a saborear esta época de luminosidade ímpar, de caça e castanhas, de nozes e figos secos.
Época de contrastes, de amarelos e castanhos, do cair da folha e de alguns sonhos de Verão, mas já com promessas do aconchego das achas crepitando e de serões longos.
As estórias que ficarão por contar, por falta de tempo, coragem ou de quem as escute, dirão mais de nós do que aquelas que forem contadas.
Tempo de recolha e de balanço, de carregar a despensa em consonância com a fábula da formiga e da cigarra ou com a conjuntura que vivemos.
Verão dos marmelos, tempo de mudanças, que antecede o frio do branco e negro que se avizinha e que sempre nos faz estremecer pela perspectiva do cinzento.

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