quinta-feira, julho 03, 2008

Branquinhos da Silva


O Sol vai deixando as suas marcas, não só na cor da pele como também na sua textura, enrugando-a, gretando-a, envelhecendo-a mais rapidamente.
No entanto, os corpos tisnados do sol aparentam mais saúde dos que os branqueados pela luz artificial dos escritórios, ou mesmo os pintados em solários de UV’s.
Hoje chegou uma nova fornada de branquinhos da silva, preparados para a assadela anual, como num ritual tribalista.
Os cheiros dos protectores solares empestam o ar que se respira e dizem muito dos seus utilizadores. Consegue perfeitamente distinguir-se um protector ou bronzeador comprado no vendedor de jornais da esquina dos adquiridos nas farmácias ou ainda nos esteticistas ou institutos de beleza.
Tento combater a rotina, mas não consigo de todo fugir às tarefas que me estão confiadas e que fazem deste período que deveria ser de mudança, apenas um período de permuta geográfica temporária.
A temperatura mantém-se óptima dentro e fora de água. Apareceram as algas verdes, que dão a sensação de nos banharmos numa panela caldo verde, só faltando mesmo a rodela de chouriço.
A fugir à rotina apenas a alimentação mais frugal ao almoço e o peixinho fresco ao jantar. Algum exercício mais do que é habitual completa esta ementa de veraneio.

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