quinta-feira, maio 15, 2008

Um gesto em desuso


O e-Mail que suportava esta foto classificava-a como a Melhor Foto do Ano, não sei por quem, nem em que ano.
Pode até haver melhores do ponto de vista técnico e até temático, mas o momento, no caso de não ser montagem, foi extraordinário e a sorte de dispor duma câmara fotográfica para o registar, indescritível.
A acreditar que só nós, humanos, dispomos de alma, não se pode entender o retratado nesta fotografia como um gesto, mas podemos dar-lhe esse significado.
E a ser assim, só um gesto de amor implica tamanha acrobacia e empenhamento. Não costuma ser partilhado por terceiros, mas não podemos esquecer que os grandes amores sempre empolgaram multidões. Atentemos por exemplo nos amores de D.Pedro e Inês de Castro e nas histórias de amor imortalizadas por Shakespeare e por tantos escritores e dramaturgos.
Esta foto aparece, pois, como um doce gesto de ternura e amor que faz subir o sangue à cabeça e derrama os sentimentos sobre o objecto desse amor na forma de uma singela flor.
Saído da pena de Camões não seria mais "gentil",este gesto.

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