Eu e as Novas Tecnologias
Não sou atrasado mental, julgo eu. Mas, as novas tecnologias sempre em evolução, intimidam-me. Do computador, sei apenas aquilo essencial para uso quotidiano. O processador de texto, a folha de cálculo básica, o “power point” básico, correio electrónico, um pouco de pesquisa na Internet e técnicas básicas de blogue.
Os telemóveis e as múltiplas funções baralham-me. Os formatos cada vez mais pequenos não foram feitos a contar com os meus dedões de lançador de peso. Falar ao telefone, se é a receber tudo bem, mas se tenho que marcar um número é sempre um desastre. Ou porque não tenho os óculos e não consigo ver os nomes agendados, ou os dedos apanham duas teclas se tenho que digitar os números.
As câmaras fotográficas e de vídeo digitais, com todas as performances possíveis e imagináveis, deixam-me estarrecido. O que vale é que se podem apagar logo a seguir as imagens.
O GPS, é outra complicação, pois acaba por me indicar sempre os caminhos que não desejo, passando o tempo todo a reformular percursos.
Tem imensas possibilidades, segundo me dizem, mas ainda não tive tempo de ler as instruções.
Os netos brincam com isso tudo e muito mais. As Play Station e os Nintendo, os hi-5, os i-Pod, os i-Fun e agora parece que também os i-Phone.
Todas estas máquinas infernais apelam ao uso individual, tornando as pessoas solitárias e tecnicistas em vez de as socializar e humanizar. Perde-se a sensibilidade e a afectividade, para já não falar do romantismo, para sempre afastado dos relacionamentos e até da própria estética.
As novas tecnologias invadiram também a nossa privacidade e entram-nos pela porta dentro através de cartões de crédito e de débito, de cartões únicos em que se faz o rastreio dos nossos movimentos, como se andássemos com uma pulseira electrónica, em liberdade condicionada. Vigiam-nos nos transportes públicos, nas lojas e não sei também se nas casas de banho.
Estamos todos a participar no Big Brother que sabe o que é bom e o que não presta para nós e nos pune se conduzimos em velocidade excessiva, se fumamos no café da esquina, se fazemos amor no elevador, ou se passamos um cheque sem cobertura.
De mim, já não conseguem muito mais do que assustar-me. Mas o que farão das gerações mais novas, todas estes instrumentos de vazio? Não é preciso fazer nada! Já se compra tudo feito! Pronto a deglutir sem saborear! E muito depressa, porque já está outra versão, outro modelo, uma novidade na forja!
Não é só, pelo dinheiro! Não é só, porque intimida! Mas é, sobretudo, pelo desperdício! E também pela falta de humanismo!
Percebe-se um pouco o apelo ao consumo desvairado, através de créditos fáceis até não sei quanto, pelo telefone, desta forma e da outra.
Por isso estamos tão endividados, porque não queremos ficar atrás na aquisição do último modelo, da última versão. Não nos lembramos que estamos a ser manipulados, conduzidos a esta situação, a esta dependência, como se de uma droga se tratasse.
E o curioso, é que alguns de nós, os que cumprem, que têm o cuidado de trazer as contas em ordem, de pagar os impostos, que não entram nas estatísticas dos créditos mal parados, são aqueles que têm a vida mais triste, preocupada, intranquila e que se arriscam a morrer de susto ou de ataque cardíaco.
Sou, pois, nesta era de tecnologias e de inovação, o patinho feio, para não dizer um atraso de vida!
Os telemóveis e as múltiplas funções baralham-me. Os formatos cada vez mais pequenos não foram feitos a contar com os meus dedões de lançador de peso. Falar ao telefone, se é a receber tudo bem, mas se tenho que marcar um número é sempre um desastre. Ou porque não tenho os óculos e não consigo ver os nomes agendados, ou os dedos apanham duas teclas se tenho que digitar os números.
As câmaras fotográficas e de vídeo digitais, com todas as performances possíveis e imagináveis, deixam-me estarrecido. O que vale é que se podem apagar logo a seguir as imagens.
O GPS, é outra complicação, pois acaba por me indicar sempre os caminhos que não desejo, passando o tempo todo a reformular percursos.
Tem imensas possibilidades, segundo me dizem, mas ainda não tive tempo de ler as instruções.
Os netos brincam com isso tudo e muito mais. As Play Station e os Nintendo, os hi-5, os i-Pod, os i-Fun e agora parece que também os i-Phone.
Todas estas máquinas infernais apelam ao uso individual, tornando as pessoas solitárias e tecnicistas em vez de as socializar e humanizar. Perde-se a sensibilidade e a afectividade, para já não falar do romantismo, para sempre afastado dos relacionamentos e até da própria estética.
As novas tecnologias invadiram também a nossa privacidade e entram-nos pela porta dentro através de cartões de crédito e de débito, de cartões únicos em que se faz o rastreio dos nossos movimentos, como se andássemos com uma pulseira electrónica, em liberdade condicionada. Vigiam-nos nos transportes públicos, nas lojas e não sei também se nas casas de banho.
Estamos todos a participar no Big Brother que sabe o que é bom e o que não presta para nós e nos pune se conduzimos em velocidade excessiva, se fumamos no café da esquina, se fazemos amor no elevador, ou se passamos um cheque sem cobertura.
De mim, já não conseguem muito mais do que assustar-me. Mas o que farão das gerações mais novas, todas estes instrumentos de vazio? Não é preciso fazer nada! Já se compra tudo feito! Pronto a deglutir sem saborear! E muito depressa, porque já está outra versão, outro modelo, uma novidade na forja!
Não é só, pelo dinheiro! Não é só, porque intimida! Mas é, sobretudo, pelo desperdício! E também pela falta de humanismo!
Percebe-se um pouco o apelo ao consumo desvairado, através de créditos fáceis até não sei quanto, pelo telefone, desta forma e da outra.
Por isso estamos tão endividados, porque não queremos ficar atrás na aquisição do último modelo, da última versão. Não nos lembramos que estamos a ser manipulados, conduzidos a esta situação, a esta dependência, como se de uma droga se tratasse.
E o curioso, é que alguns de nós, os que cumprem, que têm o cuidado de trazer as contas em ordem, de pagar os impostos, que não entram nas estatísticas dos créditos mal parados, são aqueles que têm a vida mais triste, preocupada, intranquila e que se arriscam a morrer de susto ou de ataque cardíaco.
Sou, pois, nesta era de tecnologias e de inovação, o patinho feio, para não dizer um atraso de vida!
Etiquetas: Cogitações do Diabo
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