Call Girl
Até que enfim que consegui ver bem tratada, em termos cinematográficos, uma fita portuguesa.
Um guião que pareceu saído directamente dum dossier da PJ, uma mulher bonita com pisar de passerelle, uns malandros bem conseguidos à portuguesa, uma fotografia um pouco desfocada, no tempo, dos alentejanos.
Finalmente, um autarca corrupto, coisa nunca vista neste país de princípios morais impolutos e uns estrangeiros corruptores e causadores de todas as desgraças que nos acontecem.
Filme com movimento, com representações pouco teatrais, bastante naturais. Cenas de sexo, mais sugeridas do que concretizadas. Gostei.
Só não entendo para que foi necessário colocar na boca de todos os actores tanto palavrão, tanta grosseria. Não quer dizer que ela não exista no meio em que se desenrola a trama, mas julgo que houve exagero na sua exploração.
Penso que, mesmo para uma fita que se quer para bilheteira, se abusou para além do aceitável e suficiente, no desuso da palavra e no uso sistemático do palavrão e da alusão mais que óbvia a sujeições sexuais de todas as tonalidades.
Outra coisa que não entendo, é o facto do filme ter como nome um anglicismo, sugerindo uma linguagem contida na definição da profissão mais antiga do mundo, e depois se esparramar em descantes de bordel.
Porque não, terem escolhido para título do filme o mais adequado, o mais português dos nomes porque são conhecidas as mulheres de aluguer, dando-lhe depois um qualitativo adjectivante – Puta Fina (às vezes) - por exemplo.
Etiquetas: Cogitações
1 Comments:
cr�tica bem esgalhada, � chefe
parabens
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