quarta-feira, dezembro 19, 2007

País Sénior

Imagem retirada daqui
Se alguém tinha dúvidas deixou de as ter. Os idosos são quase maioria neste país de reformados e de pseudoreformas.
Dantes eram chamados de velhos, depois de terceira idade, mais tarde de idosos e hoje de seniores. Acho este termo mais perto da verdade, que é senilidade. Não sei como acabará, com o acordo ortográfico em vias de ratificação. Talvez “doctô”, não sei.
Pessoalmente prefiro sénior, pois que toda a vida tenho sido júnior.
Mas será complicado – aqui o sénior, senhor Júnior – bom, não interessa isso.
Penso de facto, que estamos senis se acreditarmos que toda esta solidariedade à volta dos seniores recentemente montada, com pompa e circunstância, não tem que ver com aquilo que se aproxima, a alta velocidade, e que será a incapacidade total deste grupo etário de arcar com as despesas inerentes à sua própria sobrevivência.
Julgo que para muitos morrer, será a solução mais caridosa e menos onerosa para o Governo, que já não consegue, sequer, manter o nível de compra dos trabalhadores, quanto mais dos reformados e seniores.
É curioso anotar que neste “ranking” estamos atrás de países como a Eslovénia, a República Checa, a Grécia, Malta e Chipre, para só falar de alguns.
E eu que pensava que o 25 de Abril tinha acabado, de vez, com os chás de caridade, com festas para angariação de fundos, com os peditórios nacionais e com os serões para trabalhadores.
Tenho uma sugestão: porque não chamar os nomes às coisas e não voltar a chamar FNAT ao INATEL, porque não chamar às associações patronais de grémios e não chamar aos seniores, velhos do caraças, que nunca mais morrem!

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