quarta-feira, novembro 21, 2007

Defesa e Tecnologia

Ao olhar para este gráfico retirado dos Anais do Clube Militar Naval (Abr/Jun de 2007), também disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/Image:WorldMilitirySpending.jpg, dá para entender o desnível de gastos com a defesa, entre os Estados Unidos e o resto dos países com expressão no conserto ou desconserto das nações.
É curioso verificar que provavelmente a soma dos gastos em todos os países referidos é inferior ao valor da despesa americana, para o período indicado.
Muito possivelmente também, grande parte das despesas desses países, assenta em compra de material de guerra aos EU.
Com uma despesa como a verificada, é natural que a economia americana logo se sinta se a indústria de guerra não tiver mercado para colocar o material e equipamento que produz.
Por outro lado, os EU não vão vender, nem aos amigos do peito, as inovações tecnológicas que se vão verificando, a cada momento, nas armas e equipamentos militares, pondo no mercado apenas aquele que já não constitui ameaça de maior.
A vanguarda neste campo é garantida por equipas de investigadores ligados directa ou indirectamente aos Departamentos de Defesa e de Estado e à Indústria. Dessa investigação resultam aplicações também noutros campos, que a indústria americana não descura e que a vai mantendo no top tecnológico.
As multinacionais só trazem para o exterior aquele "Know How", que já não é de primeiras águas, mantendo sempre uma "décalage" entre o que se faz em casa e fora dela.
Não quer dizer que a indústria militar seja o único motor de desenvolvimento e inovação naquele país, mas é certamente importante.
Também é importante que se façam guerras para usar e testar as armas e equipamentos e para que se vá arejando paióis.
Como se vê, os militares ainda vão servindo para alguma coisa, pelo menos nos USA.

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