domingo, junho 03, 2007

Scheherazade e Xeriar

Espanta-me e encanta-me em simultâneo. A quantidade de livros que se publicam. A enormidade de coisas que vão ficar, atestando a passagem dos seus autores por este mundo de loucos.
Mas, penso também os que se terão perdido desde que começou a expressar-se a opinião, ou apenas a registarem-se factos, por esta via. Nas guerras, nos incêndios, nos dilúvios, por todos os desmandos do Homem ou da Madre Natureza.
As feiras do livro fascinam-me. Nunca compro muitos livros, mas gosto de ver os títulos. A maior parte dos livros que compro, faço-o porque gosto do nome pelo qual o seu autor o recomenda.
Sempre gostei de ler, mas só há pouco resgatei esse privilégio, por ter agora tempo para o fazer.
Gosto de ficção, mas era incapaz de ser ficcionista. Não sei inventar. Nunca me deixaram. Sempre me disseram que era feio mentir e mais tarde obrigaram-me a fazer da verdade o meu credo, a minha fé e profissão.
Mas adorava ser capaz de fazer de conta. Deve ser bom vestir a pele do vilão de vez em quando, que mais não seja para poder avaliar o comportamento da outra parte. Daquela a que sempre me acostumei a chamar de minha.
O mundo deve ser diferente visto do lado de lá. Tal e qual, como se andássemos com as mãos no chão em vez dos pés, ou fôssemos anões, ou gigantes, africanos ou árabes. Ou seja, marginais! À margem das regras da mediania, não da natureza!
Um dia, vou experimentar nem que tenha, para isso, de me fazer político!

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

escrita boa e abundante
até parece que é o meu amigo que está de mobilidade limitada.

abraço

3/6/07 23:08  
Blogger JR said...

Caro Anónimo

Bondade a sua!
Há muito que a humidade me tolhe a mobilidade e a prosa.
Abraço

4/6/07 21:33  

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