Do Vento Cinzento
Foto daqui
Em tempo de arrumações, fui encontrar uns papeis, velhos de quarenta anos, onde de forma pretensiosa, ensaiava alguns passos na poesia, tal como reza a letra da última música do Pedro Abrunhosa –Tirem-me os meus fantasmas e digam-me onde é a estrada.
Valem pela tentativa.
Segue o primeiro.
e o vento agita
Escreve cruzes na testa dos mendigos
Tatuagens no coração das donzelas
Pinta estrelas no Céu do meio dia
Rouba as vísceras dos poetas que cantam e choram
Grita nos olhos dos vivos o horror dos mortos
e lapidifica a sua eternização
O Sol que afaga a face com o seu travo de sal
Rebita nos espíritos a luz da razão
e indica para sempre a sua esteira
Da pluma sai
e da espuma se liberta
Como a alegria dos olhos
O Homem do seio dos homens
A fé das bocas que oram e se desejam
O sal das lágrimas
A esperança das mãos que se apertam
Valem pela tentativa.
Segue o primeiro.
A pluma que o mundo arrasta da memória
e o vento agita
Escreve cruzes na testa dos mendigos
Tatuagens no coração das donzelas
Pinta estrelas no Céu do meio dia
Rouba as vísceras dos poetas que cantam e choram
Grita nos olhos dos vivos o horror dos mortos
e lapidifica a sua eternização
O Sol que afaga a face com o seu travo de sal
Rebita nos espíritos a luz da razão
e indica para sempre a sua esteira
Da pluma sai
e da espuma se liberta
Como a alegria dos olhos
O Homem do seio dos homens
A fé das bocas que oram e se desejam
O sal das lágrimas
A esperança das mãos que se apertam
ZEF (1965)
Etiquetas: Pintura com letras
2 Comments:
bom exercício, sim senhor
um abraço
(Francis continua vivo)
Olá temos poeta bêjo
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