Do Sal Amargo
Sou
Na gaivota que passa e grita
Um estranho que não passa nem grita
Sou
Um mar sulcado por todas as rotas
Que ninguém fixa
O esquecimento de mim também é meu
Como a solidão é nossa
E a beleza de ninguém
Sou
Um equívoco no seio de tanta certeza
De tanta fé sem esperança
Quisera fugir de mim e te encontrei
E me perdi
Porque outro não eras senão eu
Eu
Que vi tantas vezes nascer o Sol
Ali por detrás da noite sem estrelas
Eu
Que do mundo não conheço
Senão a voz adulterada da História
Sou e não sou
Na gaivota que passa e grita
Um estranho que não passa nem grita
Sou
Um mar sulcado por todas as rotas
Que ninguém fixa
O esquecimento de mim também é meu
Como a solidão é nossa
E a beleza de ninguém
Sou
Um equívoco no seio de tanta certeza
De tanta fé sem esperança
Quisera fugir de mim e te encontrei
E me perdi
Porque outro não eras senão eu
Eu
Que vi tantas vezes nascer o Sol
Ali por detrás da noite sem estrelas
Eu
Que do mundo não conheço
Senão a voz adulterada da História
Sou e não sou
ZEF (1966)
Etiquetas: Pintura com letras
1 Comments:
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