A Pluma Doirada

Um amigo meu, homem de muitas e bonitas letras, reconhecido pelas estórias com que brinda, há alguns tempos a esta parte, os leitores de alguns jornais regionais alentejanos(Aqui), costuma dizer que há imensa gente a escrever bem por essa blogosfera fora. Acredito. Também já tenho constatado.
Não pode isso, porém, fazer com que as pessoas desistam do seu projecto pessoal de se encantar a si mesmo e aos outros com o seu verbo fácil e fecundo de imagens e emoções, que transportam como uma doença.
É bom que acalentem a esperança da descoberta. Que deixem a fantasia transpor o portal do recolhimento e recato. As suas memórias, as suas experiências, as suas estórias, o seu verso, deve ser espargido, como de água benta ou perfume se tratasse. Mesmo que escondido no recôndito das prateleiras e estantes de livrarias e bibliotecas, mas tendo conhecido o esplendor solsticial da lombada de papelão ou carneira, como timbre pessoal de talento reconhecido.
O livro pode ser negócio, mas é também remédio e alento. É palco de paixões e ódios, de enredos e artimanhas, de ternuras e desejos, de lutas e de paz.
De desassossego.
Eu, escrevo na água. Para que a prosa me lave. Para que corra para o mar, numa torrente imensa, que a todos inunde de limpidez. Para que por fim se afunde no negro do abismo ou se espraie no branco doirado do sol.
Não pode isso, porém, fazer com que as pessoas desistam do seu projecto pessoal de se encantar a si mesmo e aos outros com o seu verbo fácil e fecundo de imagens e emoções, que transportam como uma doença.
É bom que acalentem a esperança da descoberta. Que deixem a fantasia transpor o portal do recolhimento e recato. As suas memórias, as suas experiências, as suas estórias, o seu verso, deve ser espargido, como de água benta ou perfume se tratasse. Mesmo que escondido no recôndito das prateleiras e estantes de livrarias e bibliotecas, mas tendo conhecido o esplendor solsticial da lombada de papelão ou carneira, como timbre pessoal de talento reconhecido.
O livro pode ser negócio, mas é também remédio e alento. É palco de paixões e ódios, de enredos e artimanhas, de ternuras e desejos, de lutas e de paz.
De desassossego.
Eu, escrevo na água. Para que a prosa me lave. Para que corra para o mar, numa torrente imensa, que a todos inunde de limpidez. Para que por fim se afunde no negro do abismo ou se espraie no branco doirado do sol.
Etiquetas: Divagações
3 Comments:
o meu amigo atinge o grau quase ideal da escrita - como eu (que estamos a alguma distãncia de sermos perfeitinhos)
Mas já é bom quando nos soltamos, quando escrevemos como se est.véssemos bêbedos.Ou drogados - penso eu!
Claro que tudo se afina com trabalho. E isso exige esforço, e sobretudo abdicar de muita coisa, muitos pequenos vícios que na aparência nos tornam a vida leve
Abração para si. E para o pessoal
Isto foi porque eu, individualizadamente, não lhe atribuí o prémio? (ah ah ah… sim, merece! Merecia a distinção.)
Quem sou eu para fazer juízos, que sei eu de escrita, mas gostei muito deste post.
E está para sair book? Já se está a preparar para a prendinha de Natal… uma mezinha para os custos? (hoje estou bem disposta, o que é uma bênção na minha vida!)
Bjufas.
Não tem nada que ver contigo nem com o facto de teres atribuído o prémio a outro blogue. Nem sabia disso.
Isto tem que ver essencialmente comigo e com o outro interlocutor que assinalei.
Não, não vai sair book de palavra de honra.
Fico-me pelas narrativas curtas. mas pode-se sonhar, ou não?
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