quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ponto final! Isto, é a gente a falar...

Não sei se os filmes hoje ainda acabam com o The End, Fin, Fim, em cada língua em que são realizados. Filmes de trinta e uma partes e quinze episódios! Lembram-se? Eram os filmes de Tarzan, do Sandokan e do Sabú! Papávamos aquilo tudo até que aparecia lá a palavra mágica e trágica - The End.
É costume dizer-se que tudo tem um fim, etc e tal.
Segundo o Sr.Lavoisier, “na vida nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma”. Não será bem assim, pelo menos para o Benfica, mas está bem!
Isto para dizer que um blogue que eu visitava com alguma regularidade e no qual descobri tecnologias que ajudam a dar colorido e emprestam algum dinamismo aos blogues e portais, pôs um fim à sua existência, para eventualmente renascer com outro nome e com outro formato e conteúdo.
Tenho pena, mas a vida é feita de ON/OFF’s.
Houve uma altura em que cheguei a pensar que era imortal. Quando voltei da Guiné e depois de tanto ferro quente à minha volta por tiros e estilhaços e nenhum ter tido como destinatário este vosso amigo, convenci-me, de facto, que nada mais poderia tirar-me o halo da vida.
Quem mais quereria o meu mal? Não reconheci e tenho hoje ainda dificuldade em imaginar quem me queira mal ao ponto de me desejar a morte. Mas esqueci-me que existe um parceiro indefectível e inexorável chamado Tempo.
Nem sempre ataca de rompante. Vem às vezes de mansinho, roubando-nos aos poucos tudo o que nos agarra a esta vida. Nem sempre por esta ordem, mas muitas vezes começa por tirar-nos a juventude com a sua ingenuidade e generosidade para depois ir mais fundo arrebanhando-nos as convicções, rasgando-as como se fossem bandeiras clubistas, depois duma derrota sofrida. Vai-nos substituindo os prazeres de baixo para cima deixando-nos apenas com a memória, que um dia acabará por limpar.
Pé ante pé, vai construindo a derrocada do que foi um jovem, bom rapaz, com um futuro bonito à sua frente, que percorreu meio mundo e que um dia teve a ousadia de querer ser feliz.
Não há como nos aliarmos a ele e obrigá-lo a gastar mais algum “tempo” connosco, confundindo-o, baralhando-o, encontrando à nossa volta razões que nos obriguem a dizer-lhe que ainda é cedo, que espere, que não temos pressa, que ainda temos imensas coisas para fazer e que queremos fazê-las!
Eu falo por mim, claro! Isto é a gente a falar...

Etiquetas:

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A 2�.lei da termodin�mica � chamada de entropia. E diz mais ao menos (se calhar j� 0 e=mc2 do Einstein � o que significa) que toda a mat�ria � energia. A princ�pio com um m�ximo de organiza�o, que tende, com o tempo, a deorganizar-se e degradar-se.
Partimos da tal "sementinha" que o pap� dexou na barriga da mam� - forma-se um ovinho, onde est� toda a energia e organiza�o citada.
Energia � o que � capaz de produzir trabalho. Isso vai crescendo em n�s at� por volta dos nossos 30 anos, come�ando depois a degradar-se, a dissipar-se, como que a "evaporar-se". Nada a fazer.
A desorganiza�o � que � cont�nua desde que se formou o tal "ovinho". At� � desorganiza�o total, acompanhada da perda de energia.
Que � o fim �ltimo da mat�ria- portanto o nosso.

Tentar "fintar esta segunda lei da termodin�mica (entropia) � uma tentativa v� de nos enganarmos.
N�o escapamos ao destino das Estrelas.

Abra�o, pois, at� ao pr�ximo copo de enregia

1/9/07 10:36  

Enviar um comentário

<< Home