sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ponto ao Meio Dia

Não acredito que quem semeia tantas guerras, nunca tenha lido um pequeno manual de guerrilha, que começa com uma frase simples, que é como um mandamento ou somente uma constatação – enquanto houver um guerrilheiro, há guerrilha!
Uma guerra em que um dos lados é muito forte, não permitindo confrontações, obriga a este tipo de jogo por parte do mais fraco, do bate e foge que, teoricamente, não terá nunca um fim à vista.
É possível tornar este tipo de conflito uma constante da vida, com uma logística mínima.
Só existe uma arma de morte para ele! Retirar-lhe o apoio popular, onde se alimenta de meios humanos e materiais. Para isso há que retirar as razões que lhe assistem.
Quem tem como ambição impor a sua vontade, os seus métodos, as suas ideias, não é fácil entender esta linguagem, que obriga a uma leitura desapaixonada da situação, um pesar de prós e contras, um aceitar de que, deste tipo de guerras, ninguém sai vencedor.
Todos os dias se enterram vencidos dos dois lados.
Todos os dias se removem escombros do que já foi.
Em cada momento se pensa no que deixará de ser a seguir.
Existe o risco de se perpetuar a situação, por receio das partes em demonstrar fraqueza ao tentar o diálogo.
Quanto tempo durarão as cicatrizes de tanta ferida aberta?!
Esta posição, parece a única conhecida, face às nuvens cinzentas que se fazem sentir nesta passagem meridiana do Sol ao Meio-Dia.

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