domingo, agosto 17, 2008

O meu poeta eleito

O prazer de estar sentado, à saída dos que entram...(Autor desconhecido)

A poesia assume as formas mais diversas, em prosa ou rima, escrita ou declamada ou, tão simplesmente, vivida.
Portugal tem sido disso um exemplo flagrante desde o nosso ancestral mentor, Camões, passando por outros mais recentes como Pessoa, Florbela Espanca, Cesário Verde, Manuel Alegre para só falar nos que são mais próximos em termos afectivos e temporais.
António Aleixo e os poetas populares que, com as suas penas afiadas como lâminas, tão bem souberam e sabem escalpelizar os males de que a gente enferma no dia a dia das nossas vidas atribuladas.
Por último, os que fazem da vida um poema épico ou fantástico, uma elegia ou, muito simplesmente, vivem uma farsa satírico-grotesca de que simultaneamente são autores e intérpretes.
Dentro destes, quero destacar aquele que considero o cavaleiro andante das quimeras altaneiras, uma verdadeira tuba de clangor sem fim.
Ele é o equívoco total e absoluto. Ele consegue convencer-se a si mesmo e aos outros. Nem sempre com êxito, mas sempre, sempre, com a imaginação do criativo, como a beleza dum poema inacabado, como a certeza dum amanhã inesperado.
Não, não estou a falar do Sr. Major, estou a falar do suprassumos e glória nacional que bem pode engalanar ao lado dos poucos que conseguiram amesquinhar os nossos aliados de antanho, que tanto nos têm desprezado e espezinhado nas andanças do Mundo.
Certo! Estou a falar de Vale e Azevedo! O meu poeta eleito, de hoje!

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