sábado, agosto 09, 2008

Ainda os Contadores de Estórias


Nem eu li a História da China e quero acreditar também que nenhum chinês, com responsabilidade na preparação da Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, leu o meu blog e mesmo que o tivesse lido já não ia a tempo de alterar o programa estabelecido.
Foi de facto o contar de uma história milenar, usando praticamente todos os meios que a imaginação ditou e a tecnologia põe, hoje em dia, ao dispor de todos os cidadãos e dos imaginativos em particular.
Ao desenrolar a fita do tempo no pergaminho de palha de arroz virtual, desenrolou também grande parte daquilo que é hoje a China em termos económicos e de tecnologia industrial de ponta mas, também e sobretudo, a forma de ser e de estar dum povo que, depois de liderar cultural e cientificamente durante séculos a Humanidade, se deixou cair no mais profundo esquecimento de si mesmo, para agora se levantar das cinzas e hastear a bandeira do desenvolvimento.
Na estória que nos foi contada faltam imensos relatos da sua longa caminhada, nomeadamente as referências dessa mudança social, que permitiu a China ultrapassar a barreira de guerras fratricidas e de exploração a que era

sujeita pelas potências imperialistas orientais e ocidentais.
O isolamento a que se votou do convívio das nações, ditas livres, não isento de avanços e recuos no processo revolucionário encetado sob a batuta do Grande Timoneiro, permitiu-lhe reacender a esperança de melhores dias, que hoje flameja na Tocha Olímpica, no Ninho dos Pássaros.
Imperdoável para mim esse reconhecimento que era devido e que não foi feito a Mao Tse Tung , a Chou en Lai (Zou Enlai), ao controverso Teng Siao Ping (Deng Xiaoping) e alguns outros que ajudaram na transformação encetada e hoje verificada.
Uma estória magistralmente contada numa História mal relatada.

Etiquetas: