sábado, julho 26, 2008

O Sismo

Ouvi o seu troar como se alguém bradasse das entranhas da terra, por baixo dos meus pés. Um som cavo e forte como o rachar duma árvore grande antes de tombar ao machado ou à serra mecânica. Depois um tremor que me entrou pelos pés como se estivesse em cima dum respirador do metropolitano na altura da passagem de uma composição, ou num navio que inverte máquinas quando ainda vai com bastante seguimento. Olhei para o tecto e notei uma pequena tremura dos candeeiros.
Depois, um silêncio arrepiante. Foi tudo tão rápido que não deu para reagir, embora me tivesse de imediato apercebido do que se passara.
Disse-lho, mas não acreditou, respondendo-me que deveria ter sido um veículo pesado que passara junto à casa.
Fui lá fora, para me certificar não desse facto mas se teria ficado alguma brecha no terreno, tão forte me parecera o ruído. Felizmente, nada houve de que me tenha apercebido.
Só a ameaça e essa foi severa.
Já ouvira falar, mas nunca tinha ouvido o barulho estranho e ao mesmo tempo aterrador que o sismo produz, próximo do local onde acontece.
Só quer dizer que nunca estivera tão perto do epicentro.
De facto as notícias das vinte confirmaram que terá sido debaixo dos meus pés. Com a magnitude de 3,1 na Escala de Richter.
Concluindo, hoje, cerca das 17H00, pisei um tremor de terra!
E não gostei!

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2 Comments:

Blogger platero said...

não terá sido CISMA?

abraço

28/7/08 09:44  
Blogger JR said...

O sismo não foi cisma, porque eu estava em cima.
Abraço

29/7/08 23:47  

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