quarta-feira, fevereiro 06, 2008

O Enterro do Nabo

Na Igrejinha, enterrou-se o nabo mais cedo, ontem! Porque a rapaziada foliona trabalha hoje.
E o nabo, materializado num enorme rábano implantado na vítima escolhida para este ano, lá andou a cirandar de porta em porta e os participantes destas cerimónias fúnebres gorgolejando alguns néctares que por aqui se produzem com qualidade e abundância e trincando umas rodelas de linguiça, paio ou queijo, para ensopar a dor.
A miudagem aproveitou para se mascarar e ir interiorizando estas tradições muito esquecidas nos tempos que correm, em que a importação dos enlatados brasileiros com sambistas friorentos, conquistou as preferências clubistas destes eventos carnavalescos.
E aqui ficam, para que conste, algumas imagens ingénuas e brejeiras do enterro deste Carnaval 2008, tão cheio de mascaradas e de rábulas muito mais obscenas, protagonizadas por políticos e outras entidades da nossa praça.
Que o nabo os cubra e lhes dê a virtude que lhes tem vindo a faltar!

Um dos altares ao longo do percurso

Pormenor do Altar

O cortejo fúnebre

Missa com o Nabo presente

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