quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Praguejando no deserto anunciado

Deus a engrosse que é para amparo das minhocas!
Era assim que na minha juventude glosávamos a chuva que nos aprazia e que ainda hoje mexe comigo quando cai em quantidade.
Não é a mesma, a reacção dum açoreano ou dum minhoto, pois de chuva estão eles fartos!
Passei a manhã a desfrutar a chuva que caía copiosamente. O bater nas vidraças da janela faz sentir o conforto do resguardo e convida a pensar em coisa nenhuma.
Só existe outra situação que me aliena do mesmo jeito. A pesca. Não dá para pensar em mais nada. A espera da picada do peixe, deixa-nos numa expectativa que ocupa completamente o espírito.
É o tempo do nada.
As perspectivas em termos de futuro não são as melhores no que à quantidade de precipitação se refere.
Acho, no entanto, que existe um alarmismo excessivo, que esperemos não tenha efeitos contrários aos previstos.
Já se fala em regar os campos de golfe do Algarve com águas residuais, recicladas.
Pelas mesmas razões os jardins de S.Bento também deveriam sê-lo, porque as águas dali, recicladas, devem ser riquíssimas em compostos azotados, constituindo um adubo não sintetizado, natural, muito abundante naquela área.
Se o deserto avançar pelo Alentejo dentro, é bom que traga petróleo, já agora.
Camelos ….não obrigado!

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