quinta-feira, novembro 16, 2006

Natureza em fúria

As agressões ao meio ambiente pagam-se caras. A poluição do ar que respiramos, da água que bebemos, a contaminação dos vegetais e dos animais que constituem a base da nossa alimentação, fazem com que a nossa vida se tenha transformado num pesadelo de doenças e sofrimento. Não satisfeitos, educamos os nossos netos (já não falando dos filhos) a regerem-se por padrões de consumismo e elitismo, que nada favorecem uma saudável interiorização de valores como o uso equilibrado dos recursos naturais, do companheirismo, do espírito de entreajuda e da contemplação do maravilhoso mundo que nos rodeia e que tanto menosprezamos. A competição desenfreada desumaniza as relações, relegando-as para lugar secundário na hierarquia de valores a defender. Como fazer prevalecer o casamento como união de interesses que deixaram de o ser? Como fazer vingar a harmonia e concórdia entre povos que são confrontados com as suas diferenças em vez das suas semelhanças? Como estabelecer a paz onde a guerra campeia? Se em vez de termos utilizado os desenvolvimentos tecnológicos no sentido de criar mais armas mortíferas, incluindo nestas o controlo dos meios de produção dos países mais desfavorecidos, a impossibilidade de todos os povos poderem aspirar à sua autonomia e desenvolvimento, a manipulação genética, a falta de controlo das indústrias e resíduos industriais perigosos, o efeito de estufa, os tivéssemos utilizado para criar condições de apaziguamento de tensões políticas e sociais um pouco por toda a parte, talvez hoje o mundo fosse mais calmo, mais em harmonia com a Mãe-Natureza e não despertasse da parte desta uma reacção tão violenta como a que temos vindo a assistir nos últimos tempos. Os tornados, os tremores de terra, os tsunamis, as tempestades tropicais, a erupção de vulcões, as cheias e as secas têm vindo a manifestar de forma violenta a fúria da mãe que vê os seus filhos seguirem por maus caminhos sem nada por eles poder fazer, e que se torna por isso madrasta.

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1 Comments:

Blogger taizinha said...

Manda a praxe que aqui venha avisá-lo que tem mais uma tarefa, entre tantas, para executar. Se precisar de ajuda, diga. Eu sei umas quantas. Por favor visitar o meu estaminé. Thanks.

17/11/06 19:25  

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